segunda-feira, 23 de novembro de 2015

HISTÓRIA- TRIMESTRAL- 3ª ETAPA- A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA

HISTÓRIA- TRIMESTRAL- 3ª ETAPA
A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA

RAZÕES PARA O PIONEIRISMO PORTUGUÊS:
ü  Centralização precoce do estado
ü  Apoio da igreja católica
ü  Busca por rotas alternativas
ü  Busca por produtos que gerassem riquezas
ü  Superioridade técnica
ü  Habilidade de negociar com as localidades locais
ü  Adição de costumes locais

·         OS PORTUGUESES NA ÁFRICA E NA ÁSIA
ü  Tomada de Ceuta: marco na expansão marítima portuguesa
ü  Feitorias na costa africana
ü  Mostra como os portugueses tinham domínio de uma grande parte do mundo.

·         PORTUGUESES NO BRASIL:
v  PRIMEIROS CONTATOS COM OS NATIVOS:
Os primeiros contatos foram passivos, pois os índios não possuíam a ideia de dividir suas terras, e portanto, não viam problema em compartilha-la com os portugueses.
Mesmo que tivessem sido passivos, houve um grande estranhamento. Os índios estranhavam a aparência dos portugueses, que por sua vez estranhavam na nudez, o modo de organização das tribos, e a antropofagia.
Como não encontraram riquezas de imediato, a Coroa continuou mantendo comércio com as Indias.
Com o passar do tempo, o interesse dos portugueses em obter escravos para trabalhar gerou muitos conflitos e a morte de muitos índios.

v  A EXTRAÇÃO DO PAU-BRASIL:
Embora o interesse pelas terras não fossem grandes, Portugal investiu em algumas expedições. Os exploradores não encontraram metais, mas perceberam a presença abundante do pau-Brasil.
O pau-Brasil é uma árvore bem alta que possui um pigmento avermelhado, que era muito valorizado na Europa.

v  ESCAMBO:
Pratica comercial em que não havia troca monetária. Os índios trabalhavam na extração da árvore em troca de objetos oferecidos pelos portugueses.

v  O INÍCIO DA COLONIZAÇÃO:
ü  Ameaça de ingleses, franceses e holandeses
ü  Invasões da piratas e corsários
ü  Disputa pelo comércio de especiarias
ü  Retomada do norte da África pelos muçulmanos (afetaram as atividades comerciais em Portugal)
Para colonizar, era necessário ocupar (governo) e povoar (pessoas), além de explorar.
Então, colonizar era necessário para:
ü  Evitar invasões
ü  Para que o Brasil fosse outra fonte de lucro

v  CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
ü  Experiências em outras regiões
ü  Divisão em 15 lotes de terra
ü  Cultivo da cana
ü  A responsabilidade de explorar a colônia é transferida para os capitães donatários (passa a ser particular)
ü  Somente Pernambuco (por ter uma terra boa) e São Vicente (centro de Portugal no Brasil) deram certo.

Ø  FRACASSO DAS CAPITANIAS:
§  Falta de recurso dos donatários (inexperientes)
§  Deficiência dos meios de transporte e da comunicação com a coroa
§  Desinteresse de alguns donatários
§  Conflitos com índio

v  GOVERNO GERAL:
Com o fracasso das capitanias, era necessária uma nova forma de governo. Decidiu-se então, iniciar um processo de centralização administrativa para ajudar os donatários.
O primeiro governador geral da república foi Tomé de Souza, e a sede era em Salvador. Ele era responsável por administrar a colônia em nome da Coroa Portuguesa. Ele promovia a exploração, protegia o território e incentivava a evangelização. O governador geral do estado era um representante português aqui no Brasil.

v  CAMARAS MUNICIPAIS:
As câmaras municipais foram criadas para administrar os problemas das vilas e cidades (como a sujeira, fornecimento de alimentos e obras públicas). Nelas, somente os chamados homens bons podiam trabalhar, ou seja, os proprietários de terras e brancos. 
v  OS JESUÍTAS NA AMÉRICA:
ü  Função: converter os povos nativos e ensinar os costumes europeus.
ü  Aprenderam a língua nativa para se comunicarem



O NORDESTE AÇUCAREIRO
·         Açúcar: o melhor investimento

Em 1520, Portugal passava por dificuldades econômicas. O rei então tinha que arranjar um jeito de proteger o litoral da colônia americana e iniciar a exploração de produtos que gerassem lucros para a Coroa ao mesmo tempo. Diante da situação, a cana-de-açúcar foi o produto escolhido.
Naquela época, o açúcar era altamente valorizado e rendia muito lucro. Além do mais, os portugueses já dominavam as técnicas de produção da iguaria.
As primeiras mudas foram plantadas na capitania de São Vicente (atual São Paulo), mas foi no Nordeste onde ouve maior desenvolvimento da produção, já que a região possuía solo mais fértil pra a produção.
Portugal também não teve dificuldade em encontrar investidores para financiar a construção dos engenhos, que foram os italianos e flamengos, e mais tarde os holandeses.

Ø  Porque a cana-de-açúcar?
ü  Redução nos lucros do comércio de especiarias
ü  Ocupar a colônia e consegui-la fazer dar lucros
ü  Condições favoráveis (clima quente e úmido e solo fértil)
ü  Investidores estrangeiros à Holanda

v  O sucesso da produção açucareira:

Depois de implantar o sistema de capitanias hereditárias, o governo português autorizou os donatários a conceder terras para os colonos interessados em investir, estimulando ainda mais a produção.

·         O engenho e a produção de açúcar:

O engenho é o equipamento que se utiliza para moer a cana, porém, no período colonial o seu significado foi ampliado para toda a estrutura produtora de açúcar, tornando-se sinônimo de uma grande propriedade açucareira.
ü  Canaviais
ü  Lavoura de subsistência
ü  Instalações para a produção de açúcar
ü  Casa-grande
ü  Senzala
A casa do engenho era onde havia os equipamentos necessários para a produção do açúcar. Os engenhos que possuíam moendas movidas por animais eram chamados de trapiches, e os que eram movidos por água de reais.


Ø  Hierarquia

v  Lavradores de cana:

Algumas pessoas possuíam canaviais e não engenhos, e para moer a cana produzida, utilizavam o engenho em engenhos alheios. Para isso, deveriam entregar parte da produção do açúcar para o senhor. Esses lavradores eram conhecidos como lavradores de cana obrigada (os que só podiam utilizar de um determinado engenho) e lavradores de cana livre (que podiam escolher em qual iriam moer e em qual eles teriam mais vantagens)

v  Os trabalhadores dos engenhos:

Além dos escravos, havia também homens livres, que trabalhavam em diversas funções (administrativas, técnicas e artesanais) e os agregados, que prestavam serviços em troca de proteção e auxílio econômico.

v  O trabalho dos escravos:

A primeira mão de obra utilizada foi a dos indígenas, porém depois ele passou a ser substituído pelo a do escravo africano, pois o tráfico negreiro gerava mais lucros e também devido à escassez de indígenas.
Essa substituição ocorreu principalmente no Nordeste. Os escravos realizavam praticamente todas as atividades do engenho, tendo uma jornada de trabalho muito exaustiva.
Eles habitavam as senzalas, habitações muito simples onde era a “casa” dos escravos.

  • O lucrativo comércio de escravos
Mesmo antes da chegada dos portugueses na África os nativos já praticavam a escravidão, capturando principalmente prisioneiros de guerra e pessoas que não conseguiam pagar as suas dívidas.
Quando eles começaram a serem trazidos para o Brasil, os africanos eram capturados normalmente pelos próprios comerciantes, mas só depois começaram a serem trocados com os chefes africanos em troca de armas, tecido, tabaco, cachaça e ferramentas.
Os escravos eram transportados para cá de maneira precária, em barcos imundos, onde vários eram contagiados com doenças e acabavam morrendo antes mesmo de chegar.  
Quando chegavam, eles eram leiloados, em troca de açúcar, já que esse era um produto muito valorizado.

  • Resistência escrava:
Os africanos eram tragos para cá em cativeiro, e as tentativas de revolta era comuns. Porém raramente essas tentativas não fracassavam, destruindo barcos inteiros. Para evitar isso, os traficantes os mantinham nos porões, acorrentados.
Na terra eles eram muito mal tratados e recebiam diversos tipos de castigos terríveis.
Aconteceram vários tipos de resistência escrava, tanto planejadas como individuais. Os escravos podiam também entrar em depressão, e até morrer por causa disso, ou se suicidar.

v  Mocambos e quilombos:

A fuga era a forma de resistência mais frequente e significativa. Esses fugitivos criavam aldeias onde tentavam reproduzir a vida que levavam na África. Essas comunidades eram conhecidas como mocambos ou quilombos. Também se reuniam brancos e pobres perseguidos, índios e mestiços. ]
O que ficou mais conhecido foi o Quilombo dos Palmares. Esse quilombo pode-se fortalecer bastante durante as guerras entre portugueses e holandeses, devido a diminuição da vigilância. Estima-se que a população dessa organização chegou a 30 mil pessoas.
Eles eram tão perigosos, que as autoridades os chamavam de “holandeses de outra cor”.

  • União Ibérica (1580- 1640):
No final do século XVI, a produção do açúcar foi prejudicada pela crise política em Portugal.
Em 1578, o rei de Portugal Dom Sebastião foi morto em uma batalha, sem deixar sucessores. Então a sucessão do trono passou a ser um problema. Foi aí que Filipe II, neto de um antigo rei português, aproveitou para invadir Portugal e assumir o trono, tornando-se assim rei de Portugal e Espanha, e iniciando a União Ibérica.

v  Holandeses em Salvador:

Ao mesmo tempo da União, ocorria também a guerra de independência da Holanda.
Como eles não estavam sobre comando da Espanha, eles foram proibidos de comercializar com a América espanhola. Porém, como os holandeses queriam continuar tendo o mesmo tanto de lucros que tinham antes, eles invadiram a cidade de Salvador em 1624, mas foram expulsos um ano depois.

v  Holandeses em Pernambuco:

Ainda dispostos a permanecer no comércio de açúcar, uma nova expedição holandesa foi organizada para invadir as cidades de Olinda e Recife, em 1630.
Com a derrota dos portugueses, a administração holandesa foi assumida por Maurício de Nassau, que transferiu a capital de Olinda para Recife, e assumiu a direção da capitania.
Nassau realizou melhorias na capitania, modernizando os engenhos, estimulando a participação política, o comércio com a Europa e a tolerância religiosa (fundou a primeira sinagoga da América)

v  Conflitos entre holandeses e colonos:

Somente em 1640 que Portugal recuperou a sua independência da Espanha. Porém Portugal estava sem recursos, e necessitava das terras do Brasil ocupadas pelos holandeses. Ao mesmo tempo, a Companhia da Índias Ocidentais pressionava Nassau para que ele devolvesse o dinheiro gasto, mas os colonos não queriam pagar, e então em 1644, ele foi expulso. Contudo, o dinheiro gasto continuou sendo cobrado, Geraldo assim uma revolta dos “brasileiros” contra os holandeses no Brasil.

v  A insurreição pernambucana:

A Insurreição Pernambucana foi o movimento dos camponeses, escravos e indígenas contra a presença pernambucana.
Depois de expulsos, os holandeses aproveitaram para utilizar todo o conhecimento adquirido por eles em suas colônias no Caribe, agravando ainda mais a crise econômica em Portugal. 

2 comentários: