segunda-feira, 4 de abril de 2016

A Mineração no Brasil- Prova de História Mensal- 1ª etapa- 8

HISTÓRIA- 1ª ETAPA- 2016
A MINERAÇÃO NO BRASIL

No século XVIII, Portugal vivia uma grande crise, pois acabava de sair de duas grandes guerras (contra a Holanda e contra a Espanha). Essas guerras haviam custado muito caro, e ao mesmo tempo, o ciclo cana-de-açúcar estava em crise, devido a concorrência holandesa nas Antilhas.
Com a crise, o desejo de encontrar metais preciosos se intensificou ainda mais. Já haviam sido descobertas várias jazidas em volta do Brasil, então a expectativa era alta. Com as primeiras descobertas, entre 1692 e 1695, várias pessoas vieram para cá, em busca de dinheiro. Vários povoados foram criados e com o passar do tempo a busca foi continuando para o interior.

Depois que várias pessoas vieram para cá, e a extração do ouro se tornou muito importante, o controle aumentou. Foi criado a Intendência das Minas, um órgão encarregado de fiscalizar a atividade mineradora e cobrar impostos. O principal imposto era o quinto (1/5 de todo o ouro extraído), mas também existiam outros, como a capitação (17 gramas de ouro por cada escravo maior que 14 anos), e se os impostos não fossem pagos acontecia a derrama (a força militar da Coroa entrava nas casas e retirava todos os bens). Para facilitar a fiscalização, também foram criadas casas de fundição. Todo ouro encontrado devia ser levado para lá, onde ele era fundido e marcado com o selo real depois que os impostos eram arrecadados.

Por volta de 1715, foram descobertos diamantes aqui. Pelo fato deles serem mais valiosos, a extração foi muito mais controlada e vigiada. A área de extração foi chamada de Distrito Diamantino e isolado. No inicio, a cobrança de impostos era igual a do ouro, mas depois as leis foram mudando e em 1771 eles se tornaram monopólio da Real Fazenda.  Havia uma grade preocupação com o contrabando, que assim como o do ouro era bem frequente.

A maior parte do ouro que foi extraído da região das Minas Gerais era ouro de aluvião, ou seja, ouro que ficava na margem dos rios. Eram usadas bateias para separar o ouro de outros minerais.

Na área das Minas, um grande problema era o abastecimento, pois a maior parte mão de obra era atraída para a mineração, que gerava mais lucros. Outra explicação era o controle de Portugal sobre as mercadorias, que era muito intenso.
Em relação a sociedade açucareira, uma diferença era que na sociedade mineradora, existiam camadas intermediárias (mineradores que não possuíam lavras e outras pessoas que realizavam trabalhos essenciais a vida urbana), ou seja, mais oportunidades de trabalho.

Os escravos compunham a maior parte da sociedade (70%). Os escravos negros compunham a base da sociedade, porém nem todos os negros eram escravos. Alguns deles conseguiam comprar sua alforria, mais depois que eram libertos muitas vezes ficavam sem dinheiro algum e faziam trabalhos criminosos, mendigavam e faziam trabalhos que não forneciam o suficiente pra eles sobreviverem.

Os escravos faziam trabalhos muito duros, e por isso viviam muito pouco. Um escravo que trabalhava em uma mina tinha uma vida média entra 7 a 12 anos.
A vida cotidiana aqui era diferente do que nas outras regiões. Os homens imigravam sozinhos para o interior, com escravos que na maior parte das vezes eram homens. A desproporção entre homens e mulheres explica por que tantas mulheres negras se casavam com homens brancos, o que fez com que o numero de mulatos fosse muito grande na região das minas.


Em 1705, os membros de ordens religiosas foram impedidos de entrar na região das minas, pois eram acusados de influenciar os habitantes a não pagar impostos e a contrabandear ouro e diamantes. A solução a população foi criar irmandades, confrarias e ordens terceiras, que cultuavam um santo e forneciam serviços como enterros e construção de igrejas. 


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