HISTÓRIA- 1ª ETAPA-
2016
A
MINERAÇÃO NO BRASIL
No
século XVIII, Portugal vivia uma grande crise, pois acabava de sair de duas
grandes guerras (contra a Holanda e contra a Espanha). Essas guerras haviam
custado muito caro, e ao mesmo tempo, o ciclo cana-de-açúcar estava em crise,
devido a concorrência holandesa nas Antilhas.
Com a
crise, o desejo de encontrar metais preciosos se intensificou ainda mais. Já haviam
sido descobertas várias jazidas em volta do Brasil, então a expectativa era
alta. Com as primeiras descobertas, entre 1692 e 1695, várias pessoas vieram
para cá, em busca de dinheiro. Vários povoados foram criados e com o passar do
tempo a busca foi continuando para o interior.
Depois
que várias pessoas vieram para cá, e a extração do ouro se tornou muito
importante, o controle aumentou. Foi criado a Intendência das Minas, um órgão
encarregado de fiscalizar a atividade mineradora e cobrar impostos. O principal
imposto era o quinto (1/5 de todo o
ouro extraído), mas também existiam outros, como a capitação (17 gramas de ouro por cada escravo maior que 14 anos), e
se os impostos não fossem pagos acontecia a derrama (a força militar da Coroa entrava nas casas e retirava
todos os bens). Para facilitar a fiscalização, também foram criadas casas de
fundição. Todo ouro encontrado devia ser levado para lá, onde ele era fundido e
marcado com o selo real depois que os impostos eram arrecadados.
Por volta
de 1715, foram descobertos diamantes aqui. Pelo fato deles serem mais valiosos,
a extração foi muito mais controlada e vigiada. A área de extração foi chamada
de Distrito Diamantino e isolado. No inicio, a cobrança de impostos era igual a
do ouro, mas depois as leis foram mudando e em 1771 eles se tornaram monopólio
da Real Fazenda. Havia uma grade
preocupação com o contrabando, que assim como o do ouro era bem frequente.
A maior
parte do ouro que foi extraído da região das Minas Gerais era ouro de aluvião,
ou seja, ouro que ficava na margem dos rios. Eram usadas bateias para separar o
ouro de outros minerais.
Na área
das Minas, um grande problema era o abastecimento, pois a maior parte mão de
obra era atraída para a mineração, que gerava mais lucros. Outra explicação era
o controle de Portugal sobre as mercadorias, que era muito intenso.
Em relação
a sociedade açucareira, uma diferença era que na sociedade mineradora, existiam
camadas intermediárias (mineradores que não possuíam lavras e outras pessoas
que realizavam trabalhos essenciais a vida urbana), ou seja, mais oportunidades
de trabalho.
Os
escravos compunham a maior parte da sociedade (70%). Os escravos negros
compunham a base da sociedade, porém nem todos os negros eram escravos. Alguns
deles conseguiam comprar sua alforria, mais depois que eram libertos muitas
vezes ficavam sem dinheiro algum e faziam trabalhos criminosos, mendigavam e
faziam trabalhos que não forneciam o suficiente pra eles sobreviverem.
Os
escravos faziam trabalhos muito duros, e por isso viviam muito pouco. Um
escravo que trabalhava em uma mina tinha uma vida média entra 7 a 12 anos.
A
vida cotidiana aqui era diferente do que nas outras regiões. Os homens
imigravam sozinhos para o interior, com escravos que na maior parte das vezes
eram homens. A desproporção entre homens e mulheres explica por que tantas
mulheres negras se casavam com homens brancos, o que fez com que o numero de
mulatos fosse muito grande na região das minas.
Em
1705, os membros de ordens religiosas foram impedidos de entrar na região das
minas, pois eram acusados de influenciar os habitantes a não pagar impostos e a
contrabandear ouro e diamantes. A solução a população foi criar irmandades,
confrarias e ordens terceiras, que cultuavam um santo e forneciam serviços como
enterros e construção de igrejas.
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